Nossa históriaHora de melhorar


Ano de 2003. Eram passados 26 anos, quando percebeu-se a hora de mudar e buscar o melhor aproveitamento da matéria-prima. Todo o trabalho recomeça mais uma vez. Primeiro, com a implantação de novas moendas, novo motor, nova transmissão, lubrificação centralizada e outras novidades. Depois, passam a ser três quadras de moenda de 20 polegadas de diâmetro por 30 de largura, substituindo os antigos ternos de 18x30. Novamente, carretas chegam trazendo essas máquinas, desta vez rodando por estradas bem largas e cascalhadas, vestígios do progresso que chegou também à zona rural. Enquanto isso, o engenho velho é desmontado.

As bases de concreto do antigo engenho, algumas pesando mais de dez toneladas, tiveram que ser destruídas para a construção de novas. Era início do mês de maio quando começaram as obras e também os primeiros sinais do friozinho típico das montanhas de Minas Gerais. Normalmente, nesse mês seria a hora de iniciar a safra. As obras seguiram num ritmo acelerado, pois as novas bases de concreto demandavam um certo tempo de cura. Começa a montagem do novo equipamento, ajusta aqui, acerta ali. Era uma corrida contra o tempo, pois outra vez a cana estava madura no campo e não podia esperar. E essa correria se manteve nos meses de junho e julho. Agosto se aproximava e o prazo para a instalação se esgotava. Finalmente, em 5 de agosto inciou-se a moagem.

Mas, não era o fim dos problemas. Surgem novos obstáculos a serem vencidos. O motor a vapor, bicilíndrico, que rodava as moendas, tinha pouca potência e a caldeira não mantinha uma pressão exigida pelo motor. Porém, não era hora de mexer e o trabalho deveria continuar assim mesmo. Era preciso parar várias vezes ao dia para esperar a caldeira reagir. Esse problema seria resolvido após o término da safra.


Enquanto isso, as soluções já estavam sendo imaginadas. O motor seria trocado por uma turbina e também melhoraríamos a geração de vapor da caldeira, novos investimentos e modificações deveriam ser feitas. Ano de 2004: nova safra. Com todas as modificações feitas, vem uma nova decepção. O consumo da turbina não era compensado pela caldeira, consequentemente, muitas paradas ao longo do dia. Muita coisa foi instalada na caldeira, como ventilador, injetor de ar quente, queima de lenha para ajudar. E nada adiantou.

Até que em 2008, no meio da safra, a turbina teve que ser substituída por um motor elétrico de 250CV, otimizando o engenho. Aí então pôde-se moer as 25 toneladas de cana por hora, que é a capacidade nominal das moendas. Mais uma vitória da persistência. Para 2009, foi melhorado o tratamento do caldo com a instalação de filtro rotativo e peneira vibratória. Atualmente, são 14 tanques de 22.000 litros e cinco tanques de 40.000 litros para fermentação, além do novo prédio, finalizado em 2008, para engarrafamento do Pet de 500ml. Foi montado um novo circuito de esteiras por todo o engarrafamento, melhorando e harmonizando as operações. Novas áreas de inspeção foram instaladas ao longo das esteiras.